Alguns autores
definem um modelo de PN homogêneo que inclui um único formalismo para descrever
todo o sistema. Outros autores utilizam formalismos diferentes para cada parte
do sistema. A primeira é formalmente mais elegante, mas apresenta dificuldades
porque, em casos práticos, não é comum adotar uma perspectiva única para todas
as partes do sistema. A segunda é derivada da heterogeneidade dos sistemas
reais e do ponto de vista dos projetistas de cada parte do sistema. Como este
trabalho considera o uso prático, a segunda abordagem é adotada, mas para
evitar a necessidade de especialistas para um grande número de formalismos,
apenas duas PNs são consideradas. Para modelar o comportamento dinâmico, é
adotada uma classe de PN baseada na PN lugar/transição, chamada E-PN (enhanced Petri net), que foram
adicionadas transições temporizadas (termos relacionados com PN são apresentados em
fonte Arial), arcos
inibidores e arcos habilitadores
(David & Alla, 1994).
Para
construir estes modelos um método que aplica uma derivação de PN canal/agência
chamado PFS (Production Flow Schema) (Hasegawa
et al., 1999) é usado. O PFS é uma técnica desenvolvida para sistematizar e
facilitar a modelagem de PSs. Iniciando a modelagem do sistema em um alto nível
de abstração, refinamentos sucessivos são aplicados e, em cada nível o modelo é
mais detalhado. O objetivo é representar estruturadamente a funcionalidade das
partes envolvidas na execução das atividades e o fluxo de operações dos
processos produtivos. Assim, o procedimento combina a abordagem bottom-up e a abordagem top-down do refinamento gradual
associado ao PFS.
Relacionado à
modelagem de falhas no sistema de eventos discretos, já existem estudos para
representar a detecção e o diagnóstico destas falhas. Miyagi & Riascos
(2006), por exemplo, mostram que é possível desenvolver modelos de PN através
da caracterização de padrões e detecção de falhas baseada em processamento de
sinais de sensores. Em Sampath et al. (1996) é apresentado um procedimento para
a modelagem de PSs com base em modelos de diagnóstico de falhas. Zhang &
Jiang (2008) apresentam uma arquitetura padrão de AFTCSs e uma revisão
bibliográfica classificada de acordo com diferentes critérios, tais como
metodologias de projeto e aplicações.
Referências
David, R., Alla, H., 1994, “Petri nets for
modeling of dynamic systems – a survey”. Automatica, vol.30, n.2, pp.175—201.
Hasegawa, K., Miyagi, P. E., Santos Filho,
D. J., Takahashi, K., Ma, L. Q., Sugisawa, M., 1999, “On resource arcs for
Petri net modeling of complex shared resource systems”. Journal Int. &
Robotic Systems, vol.26, n.3/4, pp.423—437.
Miyagi, P.E., Riascos, L.A.M., 2006,
“Modeling and analysis of fault-tolerant systems for machining operations based
on Petri nets”. Control Engineering Practice, vol.14, n.4, pp.397-408.
Reisig, W., 1985, “Petri Nets an
Introduction”. Springer Verlag, New York.
Sampath, M., Sengupta, R., Lafortune, S.,
Sinnamhoideen, K. Teneketzis, D.C., 1996, “Failure diagnosis using
discrete-event models”. IEEE Trans. on Control Systems Technology, vol. 4, n.2,
pp.105—124.
Silva, R. M. ;
Miyagi, P. E. ; Santos Filho, D. J. “Design of Active
Fault-Tolerant Control Systems”. In: Proceedings of DOCEIS 2011
2nd Doctoral Conference on Computing, Electrical and Industrial Systems,
Springer IFIP Advances in Information and Communication Technology, v. 349. p.
367-374, 2011.
Zhang, Y., Jiang, J., 2008, “Bibliographical
review on reconfigurable fault-tolerant control systems. Annual Reviews in Control”, vol.32,
pp.229–252.
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