Koestler (1968) introduziu a palavra holon para descrever a unidade básica de organização de sistemas em organismos vivos e em organizações sociais, baseado em teorias de Herbert Simon e em suas observações. Koestler concluiu que as partes e o todo não existem no domínio da vida, e propôs a palavra holon para representar esta natureza híbrida, sendo uma combinação da palavra grega holos, que significa inteiro, e do sufixo on, que significa partícula
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Ciclo de Carnot
O trabalho líquido e a eficiência de um ciclo de uma máquina
térmica podem ser maximizados com o uso de processos que exijam o mínimo de
trabalham e resultem no máximo de trabalho, ou seja, usando processos
reversíveis.
Na prática, ciclos reversíveis não podem ser realizados, pois
as irreversibilidades associadas aos processos não podem ser eliminadas,
entretanto, os ciclos reversíveis representam os limites superiores para o
desempenho dos ciclos reais. Assim, os ciclos reversíveis servem como modelo
com os quais podem ser comparados os refrigerados e máquinas térmicas reais.
Em 1824, o engenherio francês Sadi Carnot, propôs o ciclo,
composto por quatro processos reversíveis, que leva seu nome: ciclo de Carnot.
A máquina térmica teórica que operada segundo este ciclo é chamada de máquina
térmica de Carnot. Por ser um ciclo reversível, o ciclo de Carnot é o mais eficiente
a operar entre dois limites de temperatura, e mesmo que não possa ser executado
na realidade, a eficiência dos ciclos reais pode s ser melhorada quanto mais se
aproximar do ciclo de Carnot.
Na Fig.16 tem-se um sistema fechado composto de um gás
dentro de um arranjo pistão-cilindro adiabático. Os quatro processos são:
·
expansão
isotérmica reversível (processo 1-2, TQ = constante): o gás é
expandido lentamente da posição 1 realizando trabalho sobre a vizinhança, e
mantendo-se constante a temperatura até que o pistão atinja a posição 2. Para
manter a temperatura constante, uma quantidade de calor QQ é
transferido durante o processo;
·
expansão
adiabática reversível(processo 2-3, 4Q = 0 e a temperatura cai de TQ para
TF): o gás continua se expandir lentamente (do estado 2), realizando
trabalho sobre a vizinhança, até que a temperatura caia de TQ para TF
(no estado 3). Considerando-se que o pistão é sem atrito e o processo de
quase-equilíbrio, o processo é reversível e adiabático;
·
compressão
isotérmica reversível(processo 3-4, TF = constante): no estado
3, o pistão é empurrado lentamente por uma força externa até o estado 4,
realizando trabalho sobre o gás. A temperatura do gás permanece constante a TF
e o calor total rejeitado pelo gás é QF;
·
compressão
adiabática reversível (processo 4-1, a temperatura se eleva de TF para
TQ): o gás é comprimido de maneira reversível, a temperatura sobe
até TQ e o ciclo é completado voltando ao estado inicial 1.
O diagrama P-V do ciclo é mostrado na Fig.17, onde a área
sob a curva do processo representa o trabalho de fronteira. A área sob a curva
1-2-3 é o trabalho realizado pelo gás durante a expansão do ciclo, e a área sob
a curva 3-4-1 é o trabalho realizado sobre o gás durante a parte de compressão
do ciclo. O trabalho líquido realizado é a área 1-2-3-4-1 compreendida pelas
curvas do ciclo.
Próxima aula:
Aula anterior: Processo reversivel e processo irreversivel
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Curso Termodinâmina - Processo Reversível e Processo Irreversível
Figura 14 - Exemplo de atrito num processo
Fonte: (ÇENGEL; BOLES; CÁZARES, 1996)
Um processo reversível para um sistema é definido como aquele que, tendo ocorrido, pode ser revertido sem deixar qualquer vestígio no sistema e nas vizinhanças. O processos que não é reversível é denominado processo irreversível.
Na verdade, processos reversíveis não ocorrem na natureza, são meras idealizações de processos reais. Podem ser aproximados por dispositivos reais, mas não podem ser realizados.
Os processos reversíveis podem ser vistos como limites teóricos dos processos irreversíveis correspondentes. Dessa forma, pode-se considerar que alguns processos são mais irreversíveis que outros. Quanto mais próximo estiver um processo de ser considerado reversível, maior será o trabalho obtido ou menor será o trabalho consumido de um dispositivo produtor ou consumidor, respectivamente.
1.10.1 Fatores que tornam irreversível um processo
Há muitos fatores que causam irreversibilidades nos processos, por exemplo: atrito, expansão
não-resistida, mistura de dois fluidos, transferência de calor com uma diferença de temperatura finita, resistência elétrica, deformação inelástica de sólidos e reações químicas. Atrito é uma irreversibilidade associada a corpos em movimento, como num caso do pistão e cilindro da Fig.14, onde há uma força de atrito na direção contrária ao movimento. Neste exemplo, a energia fornecida na forma de trabalho é convertida em calor na interface de contato, mas quando a direção é invertida a interface não se resfria e o calor não é convertido em trabalho.
Em vez disso, mais trabalho é convertido em calor. Quanto maiores as forças de atrito, mais irreversível será o processo. O atrito pode ocorrer tanto entre dois corpos sólidos, como entre um fluido e um sólido e mesmo entre fluidos que se movimentem com diferentes velocidades.
Um gás ao se expandir preencherá o espaço em sua volta. A única maneira de restaurar o sistema é comprimi-lo até o volume inicial, e ao mesmo tempo transferir calor do gás até atingir a temperatura inicial. Para restaurar a vizinhança ao estado original, seria necessário converter todo esse calor em trabalho, o que violaria a segunda lei da Termodinâmica, portanto, expansão não resistida de um gás é uma irreversibilidade.
O processo apresentado na Seção 1.1 e ilustrado na Fig.1 ocorreu com a transferência de calor com uma diferença de temperatura finita. Depois de executados, tais processos não podem ser revertidos, espontaneamente, i.e., depois que uma xícara de café quente esfria, ela não se reaquece, recuperando ao ambiente o calor perdido. Mesmo que seja fornecido calor a xícara, ao final do processo inverso, a xícara terá voltado ao estado inicial, mas a vizinhança não.
Um processo é chamado de internamente reversível se não ocorrer nenhuma irreversibilidade internamente às fronteiras do sistema durante o processo, e de externamente reversível se não ocorrer irreversibilidade fora das fronteiras. Um processo é chamado de reversível se não existir nenhuma irreversibilidade dentro do sistema ou na vizinhança.
Considere o exemplo da Fig.15, um processo de transferência de calor para dois sistemas que passam por mudança de fase à pressão e temperatura constante. Os dois processos são internamente reversíveis, pois ambos acontecem de maneira isotérmica e passam exatamente pelos mesmos estados de equilíbrio. O primeiro processo é externamente reversível, pois a transferência de calor durante este processo acontece com uma diferença de temperatura infinitesimais dT. O segundo processo é externamente irreversível, pois envolve transferência de calor numa diferença de temperatura DT.
Figura 15 - Processos de transferência de calor
Fonte: (ÇENGEL; BOLES; CÁZARES, 1996)
Sumário geral
Sumário do capítulo Segunda Lei da Termodinâmica
Próxima aula:
Aula anterior: Coeficiente de Performance
terça-feira, 30 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Enunciado de Clausius e moto-contínuo
Leia mais: http://www.cursoengenharia.com
domingo, 28 de outubro de 2012
BOMBA DE CALOR
Figura 11 - Esquema de uma bomba de calor
Fonte: (ÇENGEL; BOLES; CÁZARES, 1996)
Bomba de calor é outro dispositivo que transfere calor de um meio com temperatura baixa para outro com temperatura alta, como refrigeradores funcionando com um mesmo ciclo, mas com objetivos diferentes. Ou seja, enquanto refrigeradores buscam manter o espaço refrigerado removendo calor deste espaço, a bomba de calor busca manter o espaço aquecido a uma temperatura alta.
Conforme esquema na Fig.11 a bomba de calor remove o calor de uma fonte a baixa temperatura e fornece calor a um meio a alta temperatura.
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